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Eficiência energética no varejo: reduzindo custos e aumentando a competitividade.

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A busca por eficiência energética nunca foi tão essencial para o setor varejista. Com margens de lucro cada vez mais apertadas e custos operacionais elevados, otimizar o consumo de energia não é apenas uma questão de sustentabilidade, mas uma estratégia para a competitividade.

Por que a eficiência energética é fundamental para o varejo?

O setor varejista é um dos maiores consumidores de energia elétrica, com destaque para supermercados, shopping centers e redes de lojas. Os custos energéticos podem representar até 20% das despesas operacionais, tornando essencial a adoção de práticas que reduzam o desperdício e otimizem a utilização dos recursos disponíveis.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o setor comercial brasileiro consome aproximadamente 93% de sua energia na forma de eletricidade, com segmentos como hotéis, restaurantes e comércio varejista representando parcelas significativas desse consumo. Além disso, estudos reforçam que o comércio brasileiro poderia economizar por volta de R$ 2,4 bilhões anuais em gastos com eletricidade por meio da adoção de medidas de eficiência energética (Fonte: Comerc Energia).

A eficiência energética envolve a implementação de tecnologias, processos e mudanças comportamentais que garantam o mesmo nível de serviço ou produção com menor consumo de energia. Além da economia financeira, a adoção de medidas eficientes contribui para a redução da pegada de carbono e para o cumprimento de metas ESG, cada vez mais valorizadas por investidores e consumidores.

“A eficiência energética não é um custo, é um investimento. No varejo, cada quilowatt-hora economizado representa uma margem maior de lucro e uma operação mais competitiva. Empresas que priorizam a gestão energética saem na frente, tanto financeiramente quanto em sustentabilidade.” – Laís Chaves

Outro dado importante, de acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), é que a despesa com energia elétrica no setor varejista varia entre 1% e 2% do faturamento dos estabelecimentos, sendo a segunda maior despesa, atrás apenas da folha de pagamentos.

Principais áreas de oportunidade para eficiência energética

1. Ar-Condicionado: o maior vilão – e também a maior oportunidade

Sistemas de climatização podem representar até 70% do consumo de energia em estabelecimentos comerciais. A adoção de equipamentos mais eficientes, como os modelos inverter, somada a práticas de manutenção preventiva e ajustes operacionais, pode gerar economias substanciais. Outras estratégias incluem:

  • Automação e sensores: ajustes automáticos conforme a ocupação do espaço e a temperatura externa.
  • Manutenção regular: limpeza de filtros e revisão do fluido refrigerante para garantir eficiência máxima.
  • Isolamento térmico adequado: minimiza a carga térmica e reduz a necessidade de resfriamento excessivo.

2. Iluminação eficiente

A substituição de lâmpadas fluorescentes e halógenas por LED pode reduzir em até 80% o consumo de energia com iluminação. Além disso, sensores de presença e sistemas de dimerização ajudam a evitar desperdícios em áreas de menor circulação.

3. Equipamentos e automação

Máquinas, refrigeradores e outros equipamentos devem ser escolhidos com base em critérios de eficiência energética. Modelos com selo Procel ou certificações internacionais garantem menor consumo sem comprometer o desempenho. A automação predial também permite monitoramento e ajustes em tempo real, otimizando o uso de energia em diferentes períodos do dia.

De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), atualmente 39% da energia elétrica consumida pelo comércio é adquirida no mercado livre, o que permite negociações mais favoráveis em termos de preços e condições.

4. Gestão inteligente de energia

O monitoramento contínuo do consumo energético, por meio de sistemas de gestão, possibilita a identificação de padrões de desperdício e a implementação de medidas corretivas rapidamente. Softwares de gestão energética auxiliam na tomada de decisões baseadas em dados reais, promovendo ajustes precisos e estratégicos.

“Para que os projetos tenham a máxima eficiência energética, eles precisam ser feitos a quatro mãos, dependendo tanto da atuação de empresas especializadas quanto do envolvimento ativo dos clientes.” – Laís Chaves

Porque a eficiência energética é importante?

  • Redução de custos operacionais: economia direta na fatura de energia.
  • Maior vida útil dos equipamentos: manutenção adequada reduz falhas e necessidade de substituições frequentes.
  • Conformidade com regulamentações ambientais: atende a exigências normativas e evita penalidades.
  • Valorização da marca: empresas sustentáveis conquistam a preferência de consumidores e investidores.

Investir em eficiência energética é uma decisão estratégica para o varejo. Com um plano estruturado e o acompanhamento de especialistas, é possível alcançar uma operação cada vez mais econômica, sustentável e preparada para o futuro. No Dia Mundial da Eficiência Energética, reforçamos a importância de adotar medidas concretas que impulsionam a competitividade do setor, beneficiando tanto os negócios quanto a sociedade como um todo.

Engenheira eletricista com MBA em gestão de projetos e negócios. Na Diel, Laís ajuda a garantir a eficiência das contas dos maiores varejistas do Brasil. Além disso, compartilha seus conhecimentos de mercado dando aulas em cursos técnicos de Eletrotécnica e energias renováveis e na pós-graduação em gestão de projetos industriais.

Laís Chaves é uma das especialistas que ajudam a revolucionar o uso de ar-condicionado no varejo!

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